Total de visualizações de página

quarta-feira, 20 de março de 2013

A Goela do Inferno




Não sei por que sempre me senti bem diferente da maioria das pessoas, notem que não estou dizendo ser isso melhor ou pior, apenas diferente. E esse sentimento me acompanha desde cedo, desde os primórdios da minha infância, o que me levava a questionar e com isso certamente me conduziu a uma maturidade não muito condizente com a minha idade na época.
Sempre fui uma criança mais séria, mais analítica, embora bastante criativa, e até as minhas brincadeiras eram mais responsáveis. Não era chata não,apenas respondona e brava e claro que como todos, fazia muita besteira sim, porém sempre consciente das conseqüências que estariam por vir.

E vivendo daqui e dali com minhas questões, meus desejos, esbarrei com uma história da Coleção Disquinho, estão lembrados? Eram aqueles pequenos discos de vinil coloridos contendo histórias infantis.

Para ser sincera não me recordo exatamente se ganhei ou se comprei essa história, mas posso afirmar categoricamente que me senti completamente atraída pelo nome: A Goela do Inferno. Forte, não? Minha cara, enquanto todos tinham o Patinho Feio eu possuía esse bizarro título.

Mas o que sei é que desde o momento que ouvi aquela fábula entendi que era minha história. Não me perguntem o porquê, mas senti que eu era Miosótis, a princesinha triste que vivia a espera de uma libertação e por fim conseguiu seu amor Luiz.

Como pode uma criança sentir aquilo? Era uma sensação tão conhecida... Bem, não sei responder, só sei que até hoje tenho muito de Miosótis comigo e depois de alguns relacionamentos os quais pensei ter encontrado meu “Luiz”, descobri que só topei mesmo foi com Telecoteco, o primeiro ministro anão, que fazendo uma analogia, seriam meus amigos querendo sempre ajudar.

E na realidade,tive a sacada com a ajuda da minha analista que até hoje o que fiz foi me relacionar com os próprio gigante que me aprisionava, vejam que loucura, acho que nem Freud explica!!!!

Um título forte, mas certamente foi o que me atraiu me levando depois a reconhecer-me até hoje dentro desta historinha.

Pois é, eu e Miosótis temos uma coisa em comum: a esperança da chegada de alguém verdadeiro, a diferença é que ela conseguiu. Eu por várias vezes achei que tinha, mas ainda não rolou, mas como sou persistente vou continuar na luta. Aprendi que temos que temos que preservar nosso lado infantil e de certa forma nunca deixar de acreditar em conto de fadas. Aguarde-me...

“Cai, cai , zás ,traz, cai direito meu rapaz...

Salve ele que chegou e que não se esborrachou...Vivo!!!!!”

( O anão Telecoteco cantando)

Claudia

Nenhum comentário:

Postar um comentário